CLÃ 11 EM PEREGRINAÇÃO ATÉ SANTIAGO DE COMPOSTELA

“Peregrino é todo aquele que que tem um espírito livre, uma bagagem ligeira, uma alma solidária...e segue espontaneamente o caminho dos seus sonhos.”

Foi de 27 de Julho a 3 Agosto que o Clã 11 do Agrupamento 585 Corroios esteve em Peregrinação a pé até ao Túmulo de Santiago de Compostela. Dos oito caminhos possíveis de realizar o Caminho Português foi o escolhido, pois nada melhor que começar a nossa peregrinação do que no nosso país.
Após a celebração de envio realizada pelo assistente do Agrupamento, Pe. Casimiro Henriques, foi dia de viagem até Valença do Minho onde se daria o início da nossa peregrinação. A peregrinação não tinha como motivo a visita do Tumulo de Santiago mas sim de caminhar com Jesus e levá-Lo a conhecer aos outros.

No total foram 6 paragens: Valença, Redondela, Ponte Vedra, Caldas de Rei, Padron e claro, Santiago de Compostela. O dia começava sempre antes de o sol nascer, com saída dos albergues de madrugada, para aproveitar o silêncio e frescura da noite.

O Caminho era indicado por setas ou então pelas vieiras, o símbolo de Santiago, e levou-nos tanto por lugares desabitados, por meio de montes e culturas agrícolas, quer por pequenas terriolas espanholas, que se apresentavam muitas vezes como uma boa oportunidade de descanso e meditação em grupo. Durante a nossa jornada encontrámos amigos escuteiros de outras nacionalidades e peregrinos de todos os cantos do mundo que percorriam o mesmo caminho que nós e tinham o mesmo objectivo, mas nem todos o faziam da mesma forma. Tivemos oportunidade de partilhar conhecimentos e experiências e o companheirismo foi uma constante ao longo do caminhar.

Foram 5 dias de um caminhar constante, onde cada um deu o que tinha de si, fisicamente e psicologicamente, mas sempre com o objectivo final bem fixado na nossa mente: a Catedral. E era um caminho que nunca mais tinha fim…Todos os dias foram um dia diferente…cada caminho, foi um caminho diferente; cada caminhar foi um caminhar diferente; cada pegada, foi uma pegada diferente.

E “apesar das fadigas e das contradições da jornada” lá avistamos a Catedral.

Se no final nos perguntam, foi tudo bom? Não, claro que existem coisas boas e más como em todo lado. E deixou marca? Claro que deixou marca, e das grandes!

Pegando num excerto de um texto de José Antunes da Silva, “Somos peregrinos do nascer ao morrer. Caminhamos neste mundo procurando alcançar uma meta que dê sentido a tudo o que fazemos. Pode ser a realização pessoal, uma profissão, a dedicação a uma causa nobre, uma arte, um desporto. Para os cristãos, a peregrinação existencial tem também uma dimensão espiritual.” (in “A Caminho de Santiago – Caminho Português – Como quem procura uma fonte ou uma estrela”, de José Antunes da Silva)

Por fim podemos dizer que o Sonho tornou-se uma realidade…o caminho um destino!

Clã 11 mais que escuteiros amigos, uma família.